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Conselho Português para a Paz e Cooperação condena veementemente os bombardeamentos perpetrados pelos Estados Unidos da América contra o Irão, à revelia do direito internacional e da Carta das Nações Unidas.
O envolvimento norte-americano na nova escalada de guerra iniciada no dia 13 por Israel é mais um testemunho da profunda cumplicidade que une os dois países na desestabilização do Médio Oriente. Os ataques norte-americanos constituem um perigosa escalada militarista na região, que urge travar e inverter - o que só será possível com negociações.
O CPPC recorda que é Israel, e não o Irão, que possui armas nucleares não declaradas - ficando assim a salvo das responsabilidades inerentes à posse deste tipo de armamento e à fiscalização da Agência Internacional da Energia Atómica.
As declarações do primeiro-ministro Luís Montenegro, seguindo novamente a retórica de Israel e dos EUA sobre as agressões destes países ao Irão, são lamentáveis e colocam Portugal uma vez mais do lado errado da história, em confronto com a Constituição da República Portuguesa.
O CPPC volta a exigir que Portugal ratifique o Tratado sobre a proibição de armas nucleares.
O CPPC apela à participação nas acções "Paz Sim! NATO Não!", que se realizam nos dias da cimeira da NATO em Haia, onde se dará um novo impulso à corrida armamentista e às agressões contra o Irão e a Palestina: na terça-feira, 24, às 18h00, em frente à Fundação José Saramago, em Lisboa; no dia 25, às 18h00, na Rua Alexandre Braga, no Porto.