
A
recente decisão do governo dos Estados Unidos da América de excluir Cuba da sua lista de países que supostamente apoiam o terrorismo peca por tardia e corrige uma injustiça cometida contra Cuba e o seu povo. Recorde-se que da inclusão de Cuba nesta famigerada lista decorriam severas medidas contra o povo cubano, que causavam graves prejuízos económicos e consequências sociais.
Sendo um passo no sentido positivo, a decisão da administração norte-americana é insuficiente, pois o bloqueio económico, comercial e financeiro contra Cuba, assim como muitas das dezenas de medidas coercitivas unilaterais e com carácter extraterritorial, impostas em 2017, e que o agravaram, continuam em vigor, em flagrante violação do direito internacional e agredindo a soberania e os direitos do povo cubano.
Como lembram as autoridades cubanas, «continua a perseguição ilegal e agressiva contra os fornecimentos de combustível que Cuba tem legítimo direito a importar. Mantém-se a cruel e absurda perseguição dos acordos legítimos de cooperação médica internacional de Cuba com outros países, ameaçando assim com privar milhões de pessoas de serviços de saúde e limitando as potencialidades do sistema de saúde pública cubano. As transações financeiras internacionais de Cuba ou as de qualquer nacional que estejam relacionadas com Cuba permanecem sob proibição e represálias. Os navios mercantes que aportem em Cuba também continuam ameaçados».
Nesta que é uma vitória da firmeza do povo cubano na defesa da sua soberania e direitos e da solidariedade internacionalista para com Cuba, o CPPC reafirma a sua determinação em prosseguir a ação de condenação do bloqueio, de denuncia dos seus efeitos e de exigência do seu levantamento, instado pela quase totalidade dos países do mundo há mais de 30 anos.
Cuba, como todos os países do mundo, deve ver respeitada a sua soberania, o seu direito ao desenvolvimento e a prosseguir o caminho que livremente escolheu, sem ingerências, chantagens ou agressões. Também isso será exigido no próximo sábado, na manifestação «É urgente pôr fim à guerra! Todos juntos pela Paz!», que inicia às 15h00 do Cais do Sodré, rumo à Praça do Rossio, em Lisboa.
A Direção Nacional do CPPC
16-01-2025