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Não esquecemos o 11 de Setembro no Chile!
 
Homenagem aos que tombaram na defesa da liberdade e da democracia
 
Há 40 anos, no dia 11 de Setembro de 1973, o povo e a democracia do Chile foram alvo de uma das maiores e mais violentas agressões do capitalismo. O governo de Unidade Popular e o seu Presidente, Salvador Allende, eleito em eleições democráticas, foram derrubados por um golpe militar fascista encabeçado por Augusto Pinochet, que se revelou como um cruel ditador e se autoproclamou presidente, contando sempre com o apoio dos EUA e da CIA.
 
Antes de morrer, Allende, através da rádio, afirmou ao povo chileno que ”noutro momento, muito mais cedo que tarde, abrir-se-ão de novo as grandes alamedas por onde passe o homem livre, para construir uma sociedade melhor.” 
 
A instauração da ditadura fascista no Chile custou a vida a milhares de chilenos. Centenas de milhar foram presos, perseguidos ou obrigados a exilarem-se durante esse período negro da história do Chile. A aplicação das medidas neoliberais e ditas de austeridade conduziram este país a uma grave situação económica e social, as desigualdades multiplicaram-se, a corrupção cresceu. O Chile serviu de modelo e de ponto de apoio a outros golpes militares e ditaduras fascistas na região.
 
Mas as persistentes e diversificadas lutas dos trabalhadores e dos povos ao longo dos anos têm alterado a situação no país e naquela região do mundo.
 
A evolução da luta do povo do Chile e de outros povos da América Latina e do Caribe está a demonstrar que, apesar das inúmeras dificuldades que continuam a enfrentar, os povos não desistem da conquista caminhos de liberdade e democracia onde se tenta construir uma sociedade melhor. Aliás, como aconteceu em Portugal, naquela época, dado que o golpe fascista no Chile se deu meses antes da Revolução do 25 de Abril de 1974 em Portugal, onde teve grande repercussão.
 
Neste momento em que se vivem crescentes ameaças à Paz e se multiplicam ingerências e conflitos no plano mundial – com destaque para o Médio Oriente –, agora, como há 40 anos, alimentados pelos EUA, NATO e seus aliados, recordar o 11 de Setembro de 1973 no Chile e homenagear os que tombaram na defesa da liberdade e da democracia, é afirmar a determinação do Conselho Português para a Paz e a Cooperação na luta contra o fascismo, contra a ingerência e a agressão externa, contra a exploração e a injustiça, na defesa da democracia, da liberdade, do progresso social e da PAZ.
 
Setembro de 2013
Conselho Português para a Paz e Cooperação