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Leia a intervenção do Conselho Português para a Paz e Cooperação na iniciativa desta tarde no Largo de Camões em Lisboa:

Basta de crimes! Não à provocação de Trump!
Liberdade para a Palestina!
Paz no Médio Oriente!

Boa tarde,

Gostaria de, em nome do Conselho Português para a Paz e Cooperação começar por saudar todos os que estão aqui presentes para afirmar que Basta de crimes!
Para dizer Não à provocação de Trump!
Denunciando a ocupação israelita e a cumplicidade dos EUA.
Que aqui estão a exigir Liberdade para a Palestina! e Paz no Médio Oriente!

Uma saudação especial às restantes organizações, mais de 50, que promovem esta iniciativa.

Percorremos um longo caminho de luta pela Paz, um caminho de solidariedade com os povos vítimas de agressão, caminho que o CPPC tem trilhado desde sempre, lado a lado com todos os que se revêm nestes justos objectivos, na vontade de um mundo mais justo e fraterno.

A presença de todos aqui, é expressão viva da nossa confiança de que esse mundo é possível e necessário, de que a vitória do povo palestino é um passo essencial para esse futuro! Certeza de que, com a sua luta, alcançará a Palestina Livre e Independente!

Estamos hoje aqui a dar voz à solidariedade com a Palestina, após o provocatório reconhecimento, pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de Jerusalém como capital de Israel e de hoje ter mudado para essa cidade a embaixada dos EUA.

Uma clara violação do direito internacional e das resoluções das Nações Unidas, que procura desestabilizar, ainda mais situação na Palestina, e em toda a martirizada região do Médio Oriente.

E é por isso que damos também aqui voz à solidariedade com todos os povos desta região, sabendo de que esta decisão da administração norte-americana se insere num plano mais vasto de incremento da ingerência e agressão, com vista a tentarem manter a sua posição hegemónica e alcançarem o domínio global.

Ingerência e agressão que, na região, conhecem bem os povos do Iraque, da Líbia, do Iémen ou da Síria. De que faz parte a recente saída dos EUA do acordo nuclear com o Irão e o aumento das ameaças de agressão contra este país. De que fazem parte os ilegais e criminosos bombardeamentos que EUA, Israel, e seus aliados levam a cabo contra a Síria.

Esta acção dos EUA torna evidente, mesmo para os que não queriam ver, a cobertura dada desde sempre pelos Estados Unidos à política sionista de ilegal ocupação de territórios da Palestina, incluindo a ocupação total da cidade de Jerusalém, por parte de Israel.

Uma cobertura económica, política, diplomática, militar, que faz de sucessivas Administrações dos EUA co-responsáveis pelas décadas de violência e opressão contra o povo palestino e pelo não cumprimento das resoluções da ONU relativas à criação do Estado Palestino independente, soberano e viável.

Cumplicidade dos EUA com Israel, responsável pelos milhares de palestinos que vivem cercados pelas centenas de postos de controlo, pelo muro de anexação, que isola comunidades e que por vezes as corta em dois, pelos colonatos que já ocupam mais de 40 por cento do território da Cisjordânia; responsável pelos milhões de refugiados; pelo encarceramento de toda a população da Faixa de Gaza, responsável pelas centenas de milhares de palestinos que já passaram pelas prisões de Israel, entre os quais se encontram milhares de crianças e jovens.

Sabemos que não estamos sozinhos nesta denúncia e nesta solidariedade, a nosso lado temos muitos mais que em Portugal e pelo mundo se levantam contra a ocupação israelita e os seus cúmplices.

A nosso lado temos o movimento pela paz em Israel e os israelitas que, cada vez em maior número, rejeitam a ocupação e defendem a democracia no seu próprio país.

Continuaremos lado a lado até que termine a ocupação; até que não reste mais nenhum preso político nas prisões de Israel; até que o muro, os postos de controlo e os colonatos não passem de dolorosas recordações; até que os refugiados vejam respeitado o seu direito a regressar; até que um Estado da Palestina independente, soberano e viável nasça nas fronteiras anteriores a Junho de 1967, com capital em Jerusalém Oriental.

Aqui reafirmamos a exigência às autoridades portuguesas para que reconheçam o Estado da Palestina e tenham uma voz soberana e firme nas instâncias internacionais em prol dos inalienáveis direitos do povo palestiniano.

Damos voz à solidariedade com a Palestina porque estamos convictos que é ela, juntamente com a luta corajosa do povo palestiniano, que contribuirá para abrir o caminho para a concretização dos direitos nacionais dos palestinianos e para uma paz justa e duradoura em todo o Médio Oriente!

Viva a solidariedade!

Viva a luta do povo palestiniano pelos seus direitos!

Viva a Palestina livre e independente!

Viva a Paz!