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dia mundial de solidariedade com a venezuela fim a agressao respeitar a soberania 1 20200418 1539242558

Assinala-se a 19 de Abril, o Dia Mundial de Solidariedade com a Venezuela, que celebra o início da luta pela independência do jugo colonial espanhol, em 1810, dirigida por Simón Bolívar.

Hoje, 210 anos passados, o combate pela afirmação da soberania e independência nacional da Venezuela, associada ao progresso social do seu povo, não só prossegue como se encontra num momento particularmente importante.

Este dia assinala-se, numa situação complexa para os povos do mundo, devido à pandemia da COVID-19. Na Venezuela, as medidas de saúde pública prontamente assumidas pelas autoridades bolivarianas, e ao apoio solidário das equipas médicas cubanas, têm prevenido e combatido a doença, com alcançando taxas de contágio e de mortalidade especialmente baixas.

 

Subsistem, porém, carências devido às sanções e ao bloqueio impostos pela administração norte-americana que procura impedir a aquisição de equipamentos médicos e medicamentos por parte das autoridades venezuelanas, que procuram dar resposta e suprir as necessidades colocadas e garantir o direito à saúde do povo venezuelano.

A República Bolivariana da Venezuela, em conjunto com outros sete países vítimas de bloqueios e sanções, instaram junto do Secretário-geral das Nações Unidas a uma ação firme e determinada visando o levantamento das sanções para uma mais eficaz luta contra a pandemia.

A este propósito importa reter que, face ao surto da COVID-19, a administração norte-americana revela um total desprezo pela vida humana, seja ela venezuelana, norte-americana ou de qualquer outra nacionalidade: a ausência de respostas eficazes no seu próprio país, o roubo de máscaras e ventiladores a outros países, as tentativas de se apoderar de possíveis vacinas e, mais recentemente, o anúncio de interrupção da contribuição financeira para a Organização Mundial de Saúde revelam a natureza desumana e predadora do sistema de poder norte-americano.

É precisamente no contexto da pandemia da Covid-19 que a administração Trump decidiu deslocar para junto das fronteiras da Venezuela, no Mar do Caribe, um poderoso contingente militar, ameaçando seriamente o povo venezuelano com uma agressão militar.

Recorde-se que os EUA aprovaram um chamado plano de transição democrática – com o seu homem de mão, o mais do que desacreditado Juan Guaidó –, que mais não é que uma nova tentativa de golpe de Estado, que afronta a soberania do povo venezuelano e a Constituição da Venezuela e visa apoderar-se das suas imensas riquezas.

É longa a história de ingerência, chantagem, ameaça e agressão dos EUA contra o povo venezuelano e a Revolução Bolivariana, iniciada em 1999, na sequência da vitória do Comandante Hugo Chávez nas eleições presidenciais do ano anterior.

O caminho de justiça e progresso social e soberania então iniciado, em benefício da larga maioria do povo venezuelano e da cooperação mutuamente vantajosa entre os países da América Latina, pôs em causa os interesses daqueles que durante décadas espoliaram a Venezuela e as suas reservas petrolíferas – os Estados Unidos da América e a oligarquia venezuelana ao seu serviço.

No Dia Mundial de Solidariedade com a Venezuela, o Conselho Português para a Paz e a Cooperação reafirma o seu apego aos princípios consagrados na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas, exigindo o fim imediato da agressão, da ingerência, das sanções e bloqueio, da chantagem e da ameaça militar dos EUA, e seus seguidores, contra a República Bolivariana da Venezuela e o seu povo.

Às autoridades portuguesas, exige que, em respeito por esses mesmos princípios, abandone de vez a sua inaceitável postura seguidista dos ditames dos EUA, que afronta direitos e a soberania do povo venezuelano e contraria os interesses do povo português, incluindo da comunidade portuguesa que vive na Venezuela.

Direção Nacional do CPPC

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